Qual o seu estilo?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

É o final


Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
E o pensamento lá em você,
Eu sem você não vivo

Um dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em você,
E tudo me divide

Longe da felicidade
E todas as suas luzes
Te desejo como ao ar
Mais que tudo,
És manhã na natureza das flores
Mesmo por toda riqueza
Dos sheiks árabes

Não te esquecerei um dia,
Nem um dia
Espero com a força do pensamento
Recriar a luz que me trará você.
E tudo nascerá mais belo,
O verde faz do azul com o amarelo
O elo com todas as cores
Pra enfeitar amores gris.

Djavan - Nem Um Dia

***

Contudo, eu não posso olhar em seus olhos. Há algo que me impeça, não posso. É duro, difícil poder fazê-lo.

Deixei que a tristeza me pegasse naquele instante. Você disse algo, mas não ouvi, estava muito transtornada com o que viria depois. E o que veio: você foi.
Pssiu, quero silêncio. Deveria tê-lo ouvido, mas como não está aqui, não ouvirei mais nada.
Em pensar que fui manipulada pelo seu próprio silêncio de palavras sem sentido, acho que pensei demais. Está tudo tão cinza agora. O que é que está pensando agora?

'Não seria eu, não é?'

Quando me disse que sim, achei muito estranho no começo e depois reconheci algo que em muito tempo não havia sentido.
Eu não posso entender o que aconteceu. Agora vejo claramente, mas evito usá-las, palavras. Parece que são inúteis! Por que para você parece tudo tão fácil? Em sua mente, eu sou uma criatura confusa. Que bom que sabe, não?

É uma grande agonia. E quando senti o alivio de falar com você, tudo ficou mais claro.


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Já passou minha euforia. Agora estou com você.

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Grande talento de poder a minha utilização natural, modo de reproduzir o mundo e tranfomá-lo em perfeito. Entenda. A arte que me livrou a situação de frustração e desespero, o maior desabafo que alguém poderia ter, ao menos, para mim. E ao ver como ficou no final, veja!, que vida incrível tenho. Família, amigos, vida, você...Não importa, tudo parece perfeito, como um fim de obra-de-arte bem trabalhada, se é que me entende. Ali, jaz uma pessoa que se importava e sinto-me como se disposta para poder lutar e fazer o melhor a mim mesma, não consigo me maltratar. Ainda não quero fazer mal a você. Mas vendo como seria o meu desenho a lápis, um esboço, rascunho. Depois a obra de arte chega e no final, fico feliz. Como se pudesse analizar a vida incrível que tenho, amigos, família, etc. Apesar dos poréns dos apesares, contudos e entretantos, não posso dizer que sou feliz, mas que ao menos estou assim. Que boa sensação; ainda não creio que seja o infeliz do amor, pois não o acredito. E se fosse assim tão simples, a vida agora seria mais fácil para todos, portanto e, chata e tediosa. Agora aproveite, pois o que tenho para dizer ou oferecer é só a minha arte.

Entende?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Amigo 2


Com seu grande ego, sua perfeição e bondade, acabo me perdendo entre todos. Acabo sumindo, pois já não sou alguém. E quem seria, aliás, se você não estivesse aqui? Tenho medo de pecar, acabar errando somente pelo fato de estar escrevendo essas palavras. Por quê? Porque liberando meus sentimentos você vem e briga comigo. Pois deve estar certo. Sua frase é 'não deixe rebaixar', e poxa vida, que volta dei! O que importa é que você não está mais aqui...Mas não é para sempre, eu imagino. Como diz a música, 'o para sempre sempre acaba'. Bem, pois então o que acabaria? O nosso suposto amor? Já disse que te amo e..? E você? Pois sei que ama, mas não sinto que seja verdade. Sei, mas não sinto. Universo paradoxo, contraditório. Complicado...


Queria parar por aqui, porque tenho medo que vá embora. Mas não vai. Já foi, aliás. Mas são só...Apenas quatro anos, apenas...Quatro anos, valem como vida! E vai embora, já foi, já foi... Tenho medo de que veja isso, por favor, não fale. Sei que vai se irritar. Tenho que ser breve, já disse. Mas não pense que quero que vá embora. Apenas fique. Fique e...Dê-me um abraço. Só preciso de um amigo. Apesar de tudo que somos, quero tudo isso, mais um amigo...


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Já disse que te amo.

E..?

E você?






Pensei que...Ah, vamos deixar para lá. Apenas fique...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Amigo


Todos meus sentimentos sólidos; E pensava que seria perfeito...Não é, por quê? Cria que logo estaríamos felizes para sempre, mas não. Estamos mal.


Todos os meus dias contados, aqueles felizes, maiores tristezas escondidas sem sentido e conforto. Queria poder deitar-me em seu colo, mas o seu desprezo não o permite fazer algo assim. É tão perfeito e ocupado, que não há tempo para mim. E eu, que larguei tudo para ficar com você...Estou vazia. Agora não sei nada. Procuro evitar falar disso . É muito difícil, porque dói. Dói mesmo. E agora vou aguentar a vida toda com esse peso, mas não posso me desfazer de sua pessoa. Em seus pensamentos honrados respeitam a ideia de que um abraço faz-me mal. Pensei que isso pudesse me ajudar. Chamou-me de fraca, mais uma vez. Mas não vou me desfazer de você; não é má pessoa, penso que eu também não. Já que tenho de aguentar a vida inteira, ao menos me faça feliz. Seja um amigo. Sei que somos mais que isso...Mas preciso de um amigo.


Estou cansada, cansada mesmo. Mas não posso descansar. Sei que os outros estão mal, amigos e amigos de amigos. Por causa daquela confusão, estão todos mal. Mas estou pior. Posso sentir sua dor. E sinto ainda a minha. É insuportável ter de chorar todos os dias para que eu não faça mal a você. O perfeito, O intocável. Você. E não vale como desabafo minhas palavras, pois elas não serão vistas por ninguém...


Mais um dia tenho, devo, PRECISO segurar o choro na garganta e passar o tempo como se tudo estivesse bem. Quem dera. Mas tudo bem. De verdade. Tudo bem. Eu vou ficar bem.


Quem se importa, não é?



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Mais um dia frio e nebuloso;

Por quê não quer estar comigo?

Mais uma rosa? Não preciso delas!


Só preciso de um amigo...

sábado, 4 de julho de 2009

Um último ADeus

Eu acordei e vi que havia ido.
Elas; para longe.
Ele; para nunca mais.
Eles; para aonde?
Eu não sei o que aconteceu.

Depois de uma noite,
minha vida mudou para sempre.
E pensar em que aquela noite teria sido a última.
Devia lhes ter dito:
'Boa noite'
'Amo vocês'

Mas não.

Não havia tempo; não houve.
Descobri que adormeci cedo demais.
Todos ficaram lá.
Todos foram.
Menos eu.
Restou-me lembranças,
pequenas.

Um quadro velho;
Um papel amassado;
Uma rosa seca;
Um desenho mal feito;
Uma mancha vermelha;
Uma bola murcha.

Tudo isso, e mais um pouco.
Sempre sobra um poquinho.
Santo, como choro!
E choro até hoje,
para tentar me afogar num rio de lágrimas.
Pena. Não posso.

Me deixaram só.
Mas não foi culpa deles.
Me deixaram só...

Tão só...

Sozinha.








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Para aonde foi?

Leva-me junto.

Vamos juntos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Meu Doce Arco-Íris


Estava escuro, o poeta escrevia no escuro.

Não sairia dali, até estar satisfeito.

'O amor faz bobagens, menina'

Disse para ela.

'Nos faz querer morrer'

Era apenas uma criança, não conseguia entender.

'Sabe qual o objetivo?'

Acenou que não com sua cabeça cheia de cachos laranja-dourados.

'Faz-nos perceber que há algo mais'

Não entendeu

'Alguém que nos fará sorrir eternamente.

Uma motivação para levantar todos os dias de sua vida

pensando em'

A menina baixou a cabeça, sem saber o que fazer

'Estou indo, cuide de você'

A menina ficou sozinha

Passou tempo

Anos

Uma década

'Feliz aniversário!'

21 anos

'Agora, faça um pedido'

O mesmo de sempre

'Quero tê-lo de volta'

Silêncio na sala

'O poeta'

Silêncio

'Quero ter o poeta que ensinou-me a viver'

Silêncio

A menina já mulher retirou-se e deitou

'Quando?'

Noites de sono, pesadelos horríveis

'Será que está bem?'

Pensando consigo mesma

'Que males hei de enfrentar...Se quiser procurá-lo?'

Diversos

Conclusões inconclusivas

É este, o tal 'amor'?

Não, não pode ser

Ainda é cedo

Ainda sou...Ainda é cedo

'Quero ter o poeta que me ensinou a viver'

-Perdão

Invadiu seu silêncio

-Creio que já não mais viva, aquele homem

'Se aprendi a viver com apenas três frases'

Insistiu

'Ele pôde viver com suas palavras'

Era um caminho longo

Onde é que ele poderia estar?

Num museu, num livro, na mente,

no

Coração?


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Uma paisagem denunciou meu espaço; Olhei para o céu, e havia estrelas. Elas me chamaram para dançar.



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